1 de março de 2012

ENTREVISTA A DANI...


Daniela Fernandes, conhecida no futsal por Dani, veste a camisola 4 da Rede Jovem/Coelima/IESFafe. Humilde e combativa, alia estes fatores à grande experiência que já possui na modalidade.
Dani na primeira pessoa...

Contas já com alguns anos de experiência no futsal. Queres falar-nos do teu percurso desportivo?
Sim, iniciei a minha atividade desportiva aos 16 anos. Comecei por representar a ADER Mogege, onde me sagrei campeã distrital em quatro épocas consecutivas. Após uma atribulada saída desta instituição estive um ano sem representar nenhum clube. A imensa vontade de voltar a jogar fez com que tivesse de procurar novo clube e foi deste modo que o Vitória de Guimarães apareceu na minha vida durante 3 épocas. Após estes 3 anos o Vitória de Guimarães deixou de ter a modalidade de futsal. Foi nesta altura que recebi um convite do SC Maria da Fonte, clube este que tinha objetivos bem vincados e aliciantes. Sem hesitar, aceitei de imediato o convite e embarquei na aventura com a convição que poderia aprender muito, assim como evoluir. Atualmente represento a ARJ Mogege.
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Como é que aconteceu o teu ingresso na equipa? E como foi a integração?
No final da época passada vim, juntamente com a equipa técnica e restantes atletas, para a ARJ Mogege, onde me sinto muito feliz. Embora o nome da equipa seja diferente os objetivos continuaram a ser os mesmos. Grandes objetivos acarretam trabalho árduo e, é neste sentido, que trabalhamos sempre, com humildade, companheirismo, entre ajuda e acima de tudo amizade. A integração nesta equipa não poderia ter sido melhor, quer por parte das minhas colegas de equipa quer por parte da equipa técnica. Óbvio que o facto de já ter trabalhado com a maior parte das pessoas ajudou, mas mesmo a integração das novas atletas foi excelente. Na realidade defino este plantel como uma verdadeira família, onde a amizade impera.


E como podes, nesta altura, classificar esta experiência?
De uma forma geral, considero esta experiência enriquecedora pois permite-nos crescer como atletas e como pessoas. Digo isto porque nós (atletas) somos trabalhadas no sentido de melhorar as nossas potencialidades e também nos é incutida a responsabilidade de saber respeitar toda gente dentro das quatro linhas. Em relação aos objetivos pessoais e coletivos traçados, considero que estou na equipa certa.

Estás ligada a uma equipa com objetivos concretos e que passam por lutar pelo título, sentes uma responsabilidade extra por esse facto?
Existe sempre uma responsabilidade acrescida quando o patamar a atingir é elevado, no entanto, considero este facto um ponto a favor. Contudo, um dos objetivos concretos passa obviamente pela conquista do título, e isso faz com que trabalhemos sempre mais e melhor em prol da equipa.


E ao entrares de corpo e alma neste novo desafio, certamente criaste determinadas expetativas. A equipa tem correspondido a essas expetativas?
Definitivamente a resposta é sim. O trabalho desenvolvido semana após semana é no sentido de podermos corrigir e melhorar aspetos decorridos nos jogos. Considero que o crescimento tem sido gradual mesmo tratando-se de um plantel tão jovem.

Pertences a um grupo com atletas que jogam juntas há bastantes anos. Como te sentes e como és tratada por todos?
Primeiro e reportando-me à altura em que me juntei ao grupo, posso dizer que fui recebida de forma espetacular, toda gente me recebeu de braços abertos e fez com que desde o primeiro dia eu me sentisse parte integrante desta família. Segundo, esta época sinto que já jogo com todas há imenso tempo. Como se tivessemos jogado sempre juntas. Mesmo nos momentos menos bons o apoio é notável, quer por parte da equipa técnica quer por parte da equipa.


Quais são os teus desejos pessoais e coletivos?
Os meus desejos pessoais e coletivos estão interligados, se por um lado tento evoluir enquanto pessoa e atleta, por outro, tento transpor essa evolução para os objetivos traçados pela equipa, como por exemplo, o título. O facto de todas possuirmos objetivos em comum torna a equipa mais unida e consciente de que querer é o primeiro passo para o sucesso.

O futsal feminino está em franco crescimento e muito se fala da criação de um campeonato nacional. Como atleta, como comentas o estado atual do futsal feminino?
Como atleta gostaria imenso que o campeonato pudesse realizar-se a nível nacional, onde as melhores equipas pudessem competir e evoluir. No entanto, numa perspetiva económica, penso que tal não será exequível num futuro próximo. Assim, parece-me mais espectável que o campeonato, numa fase inicial, seja dividido em três zonas, norte, centro e sul. Esta estratégia, caso seja adoptada, vai ser um ponto de viragem no sentido de aumentar a qualidade das atletas e a competitividade entre as equipas.


Para finalizar, queres deixar uma palavra a todos quantos vibram e acreditam no futsal feminino?
Sim. Só se torna possível atingir a glória quando temos com quem a partilhar. Quer nas derrotas quer nas vitórias é muito importante contar com o apoio de todos. Cada voz que é entoada no pavilhão como forma de apoio serve de catalisador para uma boa exibição. Por isso, para aqueles que gostam de futsal e acima de tudo acreditam no futsal feminino, não percam a oportunidade de nos verem crescer.


PERGUNTAS DE RESPOSTAS RÁPIDAS

Palavra para definir a equipa: Combativa
Uma superstição: Entrar em campo sempre com o pé direito
Objeto indispensável no dia a dia: Telemóvel
Um defeito: Insegura
Uma qualidade: Extrovertida
Pessoa que admira: Pai
Comida preferida: Massa à bolonhesa
Figura mundial que convidaria para uma conversa: César Paulo
Um sonho: Ser campeã nacional


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