14 de fevereiro de 2012

ENTREVISTA A BI...



Verónica Macedo, conhecida no futsal por Bi, veste a camisola 13 da Rede Jovem/Coelima/IESFafe. Lutadora, determinada e com um grande poder de antecipação e de corte, são características que fazem dela uma é uma fixa de excelência.
Bi na primeira pessoa...

Apesar de jovem, contas já com alguns anos de experiência no futsal. Queres falar-nos do teu percurso desportivo?
Sim, já sou federada desde 2004. Comecei nesse ano, no SC Maria da Fonte e lá permaneci 5 épocas. Saí em 2009 e a época de 2009/2010 foi repartida entre o Vitória de Guimarães e o GD Porto d’Ave. Na época de 2010/2011 representei, inicialmente, o SC Gondomar mas depois experimentei o campeonato concelhio, onde representei a ADER Mogege até Dezembro último. Senti que não estava no local ideal para aprender e evoluir e então resolvi sair e voltar para futsal, ingressando num clube onde sei que tem gente capacitada para me ensinar, para me fazer evoluir e potenciar-me enquanto jogadora, tudo com grande humildade.

Só em Dezembro ingressaste no projeto da ARJM. Como é que tudo aconteceu? Como foi a integração?
Como já disse acima, eu estava a jogar num clube que disputava o campeonato concelhio. Sentia que não evoluía, não aprendia e andava desmotivada. Apareceu a oportunidade de me juntar a este projeto e não hesitei. Como já conhecia parte das jogadoras a integração foi muito boa, tanto com as jogadoras como com os treinadores. Cheguei já com a época a decorrer e posso dizer que parece que estive lá desde o início. No primeiro dia recordo de me sentir como se estivesse estado sempre lá. O grupo é extraordinário na forma como recebe.


E como podes, nesta altura, classificar esta nova experiência?
Está a ser, sem dúvida, uma experiência muito inovadora, estou a aprender imenso e posso dizer que, neste momento, me sinto muito feliz. Estou no sítio certo e com as pessoas certas.

Estás ligada a uma equipa com objetivos concretos e que passam por lutar pelo título, sentes uma responsabilidade extra por esse facto?
Sim, é uma responsabilidade acrescida, ainda mais pelo facto de termos como adversário direto o campeão nacional, mas também sinto que o objetivo está ao nosso alcance. Temos trabalhado bastante. Temos tentado colmatar todas as lacunas e analisado tudo ao pormenor. Aqui nada é deixado ao acaso. É motivador sentir que estou numa equipa jovem e que ainda tem margem de progressão, que ainda temos mais para dar e que com trabalho podemos ser cada vez melhores. Depois junta-se a tudo isto a qualidade de todas as jogadoras que constituem a nossa equipa.


E ao entrares de corpo e alma neste novo desafio, certamente criaste determinadas expetativas. A equipa tem correspondido a essas expetativas?
Sem dúvida, aliás posso confessar que até as posso considerar superadas. Há muita união, cumplicidade e companheirismo. Aqui jogo com prazer e isso para mim é tudo. Olho para o lado e vejo a mesma ambição em todas as atletas e depois o carinho e a forma como vibram com a minha evolução e eu com as delas, não se explica.

Naturalmente que sabes que pertences a um grupo com atletas que jogam juntas há bastantes anos, algumas delas jogaram contigo noutros clubes. Como te sentes e como és tratada por todos?
Sou muito bem tratada por toda a gente, sem qualquer exceção. Nada é deixado ao acaso para o nosso bem estar e isso faz-nos muito bem. Sinto-me mais feliz ainda por continuar ao lado de quem já jogou comigo e também porque, passados alguns anos, ainda nos sentimos a evoluir e de semana para semana. A cumplicidade é muito grande.


Quais são os teus desejos pessoais e coletivos?
Um dos meus desejos pessoais conjuga-se com o desejo coletivo, gostava de conquistar o título de campeã. Já o fui por duas vezes, sei o que representa e sê-lo nesta equipa era tremendo… trabalhamos muito para isso.
Tenho outros desejos pessoais e um deles, muito importante, é recuperar a minha condição física anterior, retirando os ferros da perna, que possuo desde que a parti em 2010. Gostava também de ingressar no serviço militar, tentando conciliar com o futsal dado que anseio manter-me nesta equipa.

O futsal feminino está em franco crescimento e muito se fala da criação de um campeonato nacional. Como atleta, como comentas o estado atual do futsal feminino?
Somos mulheres e por norma temos sempre de lutar pela igualdade de direitos, o que a meu ver nem devia acontecer porque deveria ser um processo natural e livre de géneros. Andamos há anos a disputar campeonatos distritais, que depois dão acesso a uma Taça Nacional, onde algumas equipas não chegam, mas se calhar até têm mais qualidade que outras que lá vão representar distritos menos competitivos. Parece-me mais que justo haver um campeonato nacional, as equipas sentiriam mais incentivo e adquiririam mais experiência.


Para finalizar, queres deixar uma palavra a todos quantos vibram e acreditam no futsal feminino?
Sim, porque não podia passar sem deixar uma palavra para aqueles que gostam da nossa equipa, de nos ver jogar e que nos têm acompanhado mais de perto. Os adeptos, a nossa família e os amigos. Obrigada a todos. Continuem a apoiar-nos porque é de vocês que precisamos. Fazemos da vossa força a nossa força.

Respostas rápidas

Palavra para definir atual equipa: ambição
Uma superstição: jogar sempre com a mesma roupa interior e do avesso
Objeto indispensável no dia a dia: telemóvel
Um defeito: insegura
Uma qualidade: responsável
Pessoa que admira: mãe
Comida preferida: Bife parmejana
Figura mundial que convidaria para uma conversar: David Beckham
Um sonho: ser internacional por Portugal

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