31 de janeiro de 2012

ENTREVISTA A ANA COSTA


Ana Costa veste a camisola 5 da Rede Jovem/Coelima/IESFafe e abraçou agora o projeto da ARJM, oriunda do S. Romão.
Jovem, ambiciosa e voluntariosa para com o grupo de trabalho, aceitou falar-nos sobre o novo desafio.
Ana na primeira pessoa…

Apesar de jovem, contas já com alguns anos de experiência no futsal. Queres falar-nos do teu percurso desportivo?
Sim é verdade, já lá vão uns anos desde que comecei a jogar futsal… Em 2002 surgiu o convite por parte de umas colegas que jogavam futsal, nessa altura, ainda miúda, adorei a ideia. Aceitei o convite e iniciei aí o meu percurso, na equipa de Alvarelhos (Trofa), no campeonato concelhio. Nesse clube permaneci até à época de 2009/2010, que foi extremamente positiva, dado que tive uma evolução enorme e em que ficamos em 2.º lugar, apenas com a diferença de 1 ponto. Na época de 2010/2011, por falta de condições, a equipa decidiu mudar para uma nova associação que nos oferecia melhores condições e aí fui para a Casa do Benfica da Trofa, também no campeonato concelhio. Por motivos de força maior o campeonato concelhio teve uma paragem a meio e surgiu o convite do S. Romão, equipa que agora milita na 1.ª divisão distrital do Porto, mas que na altura estava na 2.ª divisão. Lá terminei a época anterior e iniciei esta.
.
Em Dezembro ingressaste no projeto da ARJM. Como é que tudo aconteceu? Como foi a integração?
Em Dezembro ingressei neste novo e fantástico projeto da ARJM, mas o primeiro convite surgiu no início da época. Na altura já estava “comprometida” com o S. Romão e por isso não pude aceitar, no entanto, surgiu novamente o convite e não o podia recusar por diversas razões, não só pelos objetivos a nível coletivo mas também pessoais, além das condições de trabalho. Não poderia desperdiçar a grande oportunidade pela 2.ª vez, pois a 3.ª poderia não acontecer, era abusar da sorte. Aceitei e cá estou, muito feliz.
Quanto à integração foi bastante boa, a equipa acolheu-me de uma forma incrível, desde a equipa técnica às minhas colegas de equipa. Estou num grupo fantástico.


Como podes, nesta altura, classificar esta nova experiência?
Esta nova experiência tem sido bastante proveitosa, tenho aprendido imenso, mas sei que tenho ainda muito para aprender e um longo caminho a percorrer, com bastante trabalho, dedicação e acima de tudo humildade. Com este grupo tenho a certeza que terei todos os “ingredientes” para poder evoluir e que nesta nova fase da minha vida muita coisa positiva se irá proporcionar. Tem sido uma experiência fantástica e única.
.
Estás ligada a uma equipa com objetivos concretos e que passam por lutar pelo título, sentes uma responsabilidade extra por esse facto?
Claro que sim. Além de uma responsabilidade extra existe também uma motivação extra para querer trabalhar cada vez mais e tentar ser melhor. Só com muito esforço e dedicação se consegue chegar longe e nesta equipa são duas coisas que não faltam. Todos queremos o mesmo e é para conseguir atingir este objetivo concreto que trabalhamos bastante todos os treinos. A união faz a força.


Ao entrares de corpo e alma neste novo desafio, certamente criaste determinadas expetativas. A equipa tem correspondido a essas expetativas?
É verdade que criei expetativas quando aceitei este enorme desafio, como é normal. Além de trabalhar com excelentes pessoas, acredito no trabalho de todos, equipa técnica e atletas, logo as minhas expetativas são altas a todos os níveis. Apesar de estar cá apenas há um mês, tem sido muito vantajoso para mim dado que, teoricamente, tenho aprendido bastante e, na prática, espero que se comece a refletir, é para isso que trabalho a cada treino. Aqui os objetivos são bastantes altos e o trabalho mais exigente, não posso nem quero desiludir aqueles que me deram esta oportunidade única.

Naturalmente que sabes que pertences a um grupo com atletas que jogam juntas há bastantes anos. Como te sentes e como és tratada por todos?
Sim, é verdade, a maior parte das atletas já jogam há muitos anos juntas, mas em nada me sinto de parte. Sinto-me bastante lisonjeada por poder pertencer a um grupo como este, são pessoas que além de serem atletas com qualidades extremamente elevadas são seres humanos incríveis. Agradeço também à equipa técnica pela oportunidade única que me deram de ingressar neste projeto e pertencer a este grupo que em muito me tem ajudado. São pessoas extraordinárias.


Quais são os teus desejos pessoais e coletivos?
Os meus desejos pessoais estão ligados com os coletivos, obviamente. Passam por querer ser campeã, conseguir ajudar a que os objetivos sejam cumpridos também com o meu trabalho, que tem de ser árduo, longo e persistente. Desejo também poder evoluir tanto tecnicamente, como taticamente e aprender cada vez mais, o que acredito que seja possível com este grupo, que trabalha muito e com uma dedicação incrível.

O futsal feminino está em franco crescimento e muito se fala da criação de um campeonato nacional. Como atleta, como comentas o estado atual do futsal feminino?
Bem, sinceramente, o futsal feminino nos últimos anos tem evoluído mais do que esperava. Há uns anos atrás se me dissessem que poderia encontrar um pavilhao repleto para assistir a um jogo de futsal feminino não acreditaria muito, hoje podemos constatar essa realidade. Está em franco desenvolvimento, contudo ainda se sente falta de apoio. Infelizmente existe algum preconceito e muita gente ainda vê o futsal/futebol como sendo para homens, mas na verdade as atletas têm mostrado que não é assim. Há muito valor no futsal feminino a nível nacional, temos enormes talentos. Espero, sinceramente que, com o novo elenco que compõe a FPF, seja possível um maior apoio e divulgação do desporto feminino. Acredito no trabalho dos eleitos, além disso agora temos uma “voz” feminina, a "miss" Mónica Jorge, que tem feito um trabalho extremamente importante e notório ao nível da imagem e reconhecimento do desporto feminino, portanto temos cada vez mais motivos para acreditar num futuro ainda melhor.


Para finalizar, queres deixar uma palavra a todos quantos vibram e acreditam no futsal feminino?
Sim, quero. Quero felicitar e ao mesmo tempo agradecer a todos aqueles que têm contribuido para o desenvolvimento do futsal feminino e espero que continuem a fazê-lo. Aproveito também para pedir a todas as atletas que não desistam de nenhum dos seus sonhos e que continuem a trabalhar cada vez mais para poderem chegar ao topo e contribuir para que a modalidade, que tanto apreciamos, se desenvolva cada vez mais e melhor.
.
Perguntas de resposta rápida
Atual equipa: União
Uma superstição: Tenho muitas
Objeto indispensável no dia a dia: Telemóvel
Um defeito: Mau feitio
Uma qualidade: Simpatia
Pessoa que admira: Mãe
Comida preferida: Leitão
Figura mundial que convidaria para uma conversa: Paolo Maldini
Um sonho: Título nacional
.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Só publicaremos os comentários devidamente identificados. Aqueles que não respeitem esta condição serão analisados, ficando a sua publicação pendente do teor dos mesmos.